Movimento Popular Urbano e Rural contra o avanço do Capital.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Quem somos nós?




A Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Salvador (CJP) foi fundada em maio de 1982 por um grupo de pessoas ligada à Igreja Católica, a pedido do Cardeal Primaz do Brasil Dom Avelar Brandão Vilela, na época arcebispo de Salvador.

Somos uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, apoiada por doações e recursos financiados por agências mantenedoras. A CJP desenvolve um trabalho de assessoria ao Movimento Popular urbano e rural, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) e Recôncavo Baiano.

Desde 1983, assessoramos grupos populares da cidade e do campo, estabelecendo como princípio a luta pela dignidade humana. Ao longo dos anos foram estabelecidas como prioridades norteadoras, a luta pela conquista do solo urbano, a reforma agrária, a defesa e promoção dos direitos humanos.

A CJP tem atuado ao lado dos setores que se localizam como as maiores vítimas da exclusão econômica, social, política e cultural, ou seja, grupos sem terra rural, sem teto urbano e quilombolas nas suas lutas por terra, moradia e pelos demais direitos que lhes são negados.

A CJP assessora as demandas dos(as) trabalhadores(as) rurais que vivem na Região Metropolitana de Salvador. Em termos urbanos, a CJP trabalha de forma sistemática no apoio àqueles grupos de periferia QUE COMEÇAM A SE ORGANIZAR em torno de um problema ou de um direito que está sendo violado.

A CJP é a entidade chamada nos momentos que surgem os conflitos, como “bombeiro” inicial. A intervenção da CJP vai no sentido de contribuir para que estes grupos se organizem de forma permanente, legítima e autônoma, buscando uma formação continuada para que se assumam enquanto classe trabalhadora, da raça negra e enquanto homens e mulheres que devem lutar para construir um universo de relações diferentes, com um caráter solidário e sem exploração.

As linhas temáticas que orientam a intervenção da CJP são classe, raça e gênero, pois temos consciência que se os sujeitos sociais hoje não são somente, nem principalmente, as classes sociais. O recorte classista no sentido de atuar junto aos que têm para vender somente a sua força de trabalho percorre toda nosso ação. Para nós, na Bahia o trabalho para ser eficaz, tem que perpassar as questões de gênero e de raça, que recortam toda a exclusão econômica, política, social e cultural, pois as maiores vítimas da exclusão no Estado são os negros e as mulheres.