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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Nota da Comissão Brasileira Justiça e Paz sobre o conflito na Faixa de Gaza

Nota da Comissão Brasileira Justiça e Paz sobre o conflito na Faixa de Gaza
Brasília, 16 de janeiro de 2009
A região do Oriente Médio tem relevância histórica, uma vez que foi berço de importantes civilizações, bem como palco do surgimento das três religiões abraâmicas. Entretanto, a importância atual se deve ao peso do petróleo na economia mundial, às disputas por território, à crescente instabilidade e a uma proeminência geopolítica.
A criação do Estado de Israel em 1948 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e a perspectiva de se igualmente instituir um Estado Palestino dava esperança às nações de que um novo capítulo da história nasceria pautado pela solução pacífica das controvérsias, fortalecimento dos organismos internacionais e respeito à dignidade da pessoa humana.
Com tristeza e indignação, a Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP), organismo da CNBB, constata que passados 60 anos daquele memorável feito, mais uma vez somos surpreendidos pelos atuais acontecimentos na faixa de Gaza, numa brutal insanidade que a cada dia ceifa a vida de pessoas (na maioria crianças e mulheres) além de milhares de vítimas.
É tempo de aprendermos com as lições da história que a violência só pode gerar mais violência numa espiral sem fim e sem vencedores. Mais do que identificar os responsáveis iniciais pelo conflito, deve-se valorizar o diálogo e o respeito às justas reivindicações das partes envolvidas.
Nesse sentido, apoiamos os esforços diplomáticos e as manifestações de pessoas e grupos que almejam o armistício e o cumprimento integral das resoluções da ONU. Todavia, somente com a mediação e o respeito às decisões dos organismos internacionais será possível uma paz duradoura baseada na justiça.
Por fim, a CBJP se soma ao apelo do Papa Bento XVI exortando-nos a lembrarmos-nos das vítimas e feridos do conflito que vivem momentos de dor e angústia, a fim de que Deus os abençoe com a consolação que vem do Senhor.

Carlos Moura
Secretário Executivo daComissão Brasileira Justiça e Paz

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